quarta-feira, 10 de abril de 2013

A revelação pública de Daniela Mercury - 17.000 reações de curtir no Facebook




"Seja o que Deus quiser, Malu".

Daniela Mercury olhou para a companheira, em um quarto de hotel de Lisboa, onde esteve na semana passada para uma série de shows, tocou no ícone compartilhar do Instagram e pôs no ar uma colagem de fotos dela com a jornalista Malu Verçosa, editora na TV Bahia, afiliada da Globo. 

No cabeçalho, escreveu a frase que provocaria mais de 17.000 reações de ´curtir´ coladas à revelação: 

- Malu agora é minha esposa, minha família, minha inspiração pra cantar.

O Brasil inteiro ficou sabendo que Daniela ´saíra do armário´, como se diz no jargão popular para definir a pessoa que assume sua homossexualidade.

Segundo matéria assinada pelos jornalistas Gabriela Carelli e Álvaro Leme, na edição da revista Veja desta semana, Daniela e Malu decidiram trocar alianças, porque o namoro é recente, de apenas dois meses e meio.

Daniela - mãe de dois filhos já adultos, do primeiro casamento, e de outros três adotados, do segundo, ambos relações convencionais - nunca admitira sua orientação sexual.

Depois do anúncio, Daniela divulgou uma nota na qual citou o deputado Marco Feliciano (PSC-SE), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Escreveu a cantora: "Numa época cm que temos um Feliciano desrespeitando os direitos humanos, grito meu amor aos sete ventos. Quem sabe haja alguma lucidez no Congresso Brasileiro".

No Brasil, o STF reconheceu a união estável gay em 2011. A partir de então, parceiros do mesmo sexo numa relação contínua e duradoura, com o objetivo principal de constituir família, podem receber herança em caso de morte de um dos dois, receber pensão alimentícia, optar pela comunhão parcial de bens. e também adotar crianças.

Em seis Estados brasileiros (Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo) os cartórios já fazem o casamento civil homossexual, o que põe os casais juridicamente um degrau acima do status de união estável. Cerca de 100 casais gays brasileiros conseguiram a certidão de matrimônio desde o "sim" do STF.

Esse número só tende a crescer. É discernível uma tendência evolutiva rumo à aceitação no que diz respeito aos homossexuais. O que já foi visto como doença física no passado foi em uma fase posterior encarado como comportamento desviante provocado por defeito de criação - ou seja, produto de lares com mães superprotetoras e pais ausentes e violentos.

Se a aprovação da união homossexual fosse simplesmente a institucionalização de uma postura que já estava acontecendo entre quatro paredes, seria mais fácil crer que essa transformação se daria de modo ainda mais acelerado.

Mas há um complicador. Como estender aos gays as projeções legais dadas ao casamento pelo simples fato de ele, ao fim e ao cabo, propiciar a perpetuação da espécie pela procriação?

As pesquisas de opinião no Brasil mostram que nem mesmo a adoção de crianças ou o recurso a barrigas de aluguel ou inseminação artificial demovem a maioria heterossexual da convicção de que os casais gays são incapazes de criar um lar estável.
Fonte: http://www.espacovital.com.br

Adv. Linda Ostjen Couto

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Porto Alegre, RS, Brasil.
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