Na cidade grande do interior gaúcho, o massagista - chegado havia dois anos - foi incrementando a clientela, sem fazer distinção quanto ao atendimento masculino ou feminino. Mas, de repente, começaram os zumzuns das tendências eróticas, exercitadas principalmente sobre as clientes jovens.
- Ele atende com um avental branco transparente e sem cuecas - informou uma das clientes na Delegacia da Mulher.
- Ele disse que tens mãos suaves, mas que seu membro é viril - foi a queixa de uma senhora quarentona- enxuta por conta dos seus hábitos de fazer musculação.
A titular da Delegacia da Mulher - de notório jeito parrudo, pouco ligada em roupas de grife - bolou a estratégia: combinou - numa cidade vizinha - que a bonita inspetora se tornaria, também, cliente do massagista.
A anônima policial marcou hora, se produziu bem, caprichou no perfume, usou uma lingerie nova e se apresentou na clínica, "para curar a crônica dor nas costas". Após preenchimento da ficha clínica e primeiros normais alisamentos, o massagista delirou com o corpão deitado à sua frente e propôs suas alternativas.
A primeira: massagem com base em vinho - até para aproveitar o produto típico da região.
A segunda: massagem curial, com creme.
Em ambas, um diferencial. - Não cobro nada pela massagem, caso haja a reciprocidade de você fazer um experimento comigo...
- Que experimento? - questionou a novel cliente.
- A esfregação do creme pela via do meu pênis ereto...
Nem bem tinha terminado a frase, o massagista erótico teve a surpresa de ver-se algemado e preso pela cliente, que (antes ligara um microgravador) saltou rapidamente da cama de massagens e, via celular, deu o sinal aos colegas que estavam na campana, na entrada do prédio de seis andares.
Detido, mas com prisão relaxada, ele terminou sendo processado por atentado ao pudor.
Em janeiro deste ano - depois de já haver se mudado para outra cidade, em busca de profissão diferente - o massagista erótico foi alcançado por um mandado de prisão, via precatória, expedido em conseqüência de julgamento criminal no TJ.
Sua clientela, agora, nos horários do regime aberto em que bate o ponto no albergue estadual, tem diferenciais: são homens. Só homens. Não se sabe se o massagista erótico alterou seus propósitos mercadológicos.
Mas algumas das vítimas já anunciaram que vão cobrar reparação pelo dano moral.
Fonte: http://www.espacovital.com.br
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